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Casal de Nipoã conta como venceu na vida com muito trabalho


Nossa coluna “Personalidade da Semana” desta edição conta a história de um casal que batalhou muito durante a vida e hoje pode desfrutar de suas escolhas do passado. Aparecida Carmem Presotto, nasceu em 16 de julho de 1935, em Jaci-SP e Alcides Presotto no dia 30 de novembro de 1933, em Monte Alto-SP.

A história dos dois como casal começou quando Aparecida tinha seus 15 anos. “Nós nos conhecemos na Fazenda Leuza e foi aquele namoro que não pegava nem nas mãos. Ficamos quatro anos assim e depois fugimos e nos casamos”, conta ela.

Os dois casaram-se na Capela da antiga Vila Leuza, pertencente a José Bonifácio-SP. Na oportunidade foi o dia do batizado do seu primeiro filho. Da união, tiveram cinco filhos, Bento Donizete, Mario Lucio, Sebastião, Marta e Angelo Antônio. O último adotado e orgulhoso por isso (veja na sequência a história). Dos filhos, tem onze netos e três bisnetas.

Ficaram morando lá por vários anos. “Depois viemos para a fazenda do Sr. Pedro Golgati (Paca), onde moramos cinco anos, já pertencente a Nipoã. E depois fomos para Matão, um vilarejo indo para José Bonifácio. Lá tocávamos café, arroz, colhia tudo no sítio, éramos meeiro”, lembra Alcides.

Ao todo moraram 17 anos e trabalharam como funcionários. Foi quando começaram a fazer economias. “Teve um ano que o café deu uma carga boa, vendemos e compramos duas casas em José Bonifácio. Outro ano também deu uma carga boa, foi aí que compramos 10 alqueires, a 2 km de Nipoã, em 1976”, destaca Aparecida. Da área total, 8 alqueires estão arrendados para cana da Usina e os outros 2 para seringueira.

Durante o tempo que lá viveram, plantaram café no sítio, mas a geada matou tudo. Também criaram alguns gados. “Uma vaca tinha dado cria, mas rejeitou a bezerra e não deixava ela mamar. Nosso patrão falou para o Alcides que era o retireiro e disse pega e mata essa bezerra. Deus foi tão bom que tínhamos uma vaca nossa que o pai dele deu e ela criou e tinha muito leite. O Alcides trouxe a bezerra e criei ela na mamadeira. Dela criamos mais cinco vacas”, diz Aparecida.

Após muita luta o casal se sente orgulhoso por ter vencido na vida. “Tivemos uma vida sofrida, mas veio a recompensa. Hoje tem o sítio e de lá compramos 13 casas no município, vivemos do aluguel”, orgulha-se Aparecida.

“Seo” Alcides com 81 anos ainda tem o costume de quase todos os dias pegar o seu trator e ir para o sítio. “Mexo com veneno nas plantas, cuido da propriedade, amo fazer isso, é uma distração”, finaliza ele, que é muito conhecido e bem quisto em Nipoã.

Adoção

Dona Aparecida conta que uma amiga de sua parente estava grávida e pensava em doar o filho. A sua filha Marta queria muito que sua mãe pegasse a criança. “Eles ficaram uma semana em casa, viram o jeito nosso e a fartura que tinha, era tudo muito simples, mas graças a Deus não faltava comida. A mulher me disse: para a senhora eu dou porque eu sei que meu filho com a senhora nunca vai passar fome”, lembra.

As duas combinaram tudo. Dona Aparecida foi para José Bonifácio e comprou todo o enxoval do bebê, até que chegou o dia tinham combinado. “Minha cunhada não mandou aviso e eu achei que a mulher tinha dado para outro. Chegamos em Rio Preto e lá estava ela morando com a avó e o pai. Mas deu tudo certo”, afirma.

A adoção se concretizou. Quando criança Angelo chegou a ver sua mãe biológica, mas não sabia quem era, acabou descobrindo sobre a adoção sozinho. “Estávamos em um casamento e eles foram brincar com as crianças, ele perguntou quem é aquela mulher, pois eu gostei muito dela, respondi que era minha prima”, disse Aparecida. “Naquele dia lembro certinho, a Marli pegou eu no braço chorando, levou até o banheiro, achei que ela ia contar alguma coisa, mas se arrependeu”, conta o filho.

O casal nunca fez diferença sobre o filho adotivo, que aliás é motivo de muito orgulho para eles. “Sempre tratei ele como filho. Peguei ele careca ainda (risos), a gente pega um amor tão grande e ciúmes também. Tudo que precisamos é ele, que nos ajuda demais, principalmente na hora da doença”, enaltece a mãe.

“Não sinto nenhum constrangimento em dizer isso, graças a Deus que me deu um pai e uma mãe que me educou com amor e carinho e uma família maravilhosa. Se Deus quiser vamos fazer de tudo, cuidar e estar sempre juntos”, finaliza Angelo.


Publicado em: 30 de abril de 2015

Publicado por: Daniel de Paula

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Categoria: Notícias da Câmara

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